Só mais um pouco...

Meu corpo ainda está em movimento, meu coração ainda pulsa, e meu sangue ainda corre pelas minhas veias.
Mas estou morta há muito.
Nada mais me surpreende, nada mais me afeta.
Nada mais.
Anestesiada, paralisada. Como se nada mais acontecesse ao meu redor.
Como se nada mais acontecesse comigo mesma.
Sinto como se estivesse por fora do movimento do mundo.
Sou apenas uma telespectadora assistindo a tragédia da vida.
Sou um defunto ambulante.
Não, não sou.
Sou nada.

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