XII

Sinto-me perdida nesse imenso labirinto de buscas insáciaveis por algo que eu nem sei o que é.
Estou vazia. Vazia de tudo. Vazia de mim.
Temo a solidão, a solidão na qual mesmo com pessoas importantíssimas a sua volta, você se perde de uma só. A mais essencial de todas, a única que você nunca poderia perder, você mesma.
Tenho medo de me perder e nunca mais me encontrar.
Já morri tantas vezes, de angústia, de dor, de medo. De tudo. Morri e continuo viva.
Morro, morro e ainda tentam me matar.
Estou cheíssima dessa gentinha medíocre que na inocência de acharem que não estão sendo inocentes, tentam me derrubar, para provar a mim (ou à elas) que são boas o suficiente, eu estou aqui no meu canto, sem ter a necessidade de me mover para que me achem corajosa-gostosa-e-tudo-mais o bastante.
É que as vezes, o mais importante, querido, não é gritar ao mundo o quão esperto e bom você é, mas sim o silêncio.
Enquanto as pessoas estão nessa enorme batalha pra ver quem é o melhor, você está observando pontos fracos, e o melhor, não quebra a cara.
Poupa tempo e trabalho, e depois, você pode ir direto ao ponto, se necessário.

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