Lembranças

Hoje me lembrei dele, não sei o porque. Mas lembrei.
Já se passaram tanto tempo... Não sei como ele ainda não saiu da minha memória.
Aquele perfume que parecia grudar em meu nariz, o seu jeito de fumar (sempre a companhia de uma xícara de café que ele mesmo fazia), o seu olhar que despertava um leviano mistério, enfim. O seu jeito tão patético de ser.
Lembrei-me dele, mas não consegui me lembrar de sua fisionomia.
Não era dos mais feios, tampouco belo.
Mas era meu.
Mesmo que só em minha mente.
Eu sei que o possuía, de alguma maneira eu podia sentir isso.
E sei que ele também sentia.
Ele não foi, nem nunca vai ser o grande amor de minha vida.
Não seria de meu gosto, muito menos do dele.
Mas eu o quis, e talvez ainda o queira.
Poderia ao menos vê-lo. E levar alguma almofadada como de costume. HAHAHA.
Mas em tais circunstâncias seria impossível.
Ele escolheu como traçar seu futuro, e eu, não estava presente em tais planos.
Mas amor, se algum dia quiser voltar, certamente será bem-vindo.
Só não esqueça de trazer uma cafeteira. Porque eu (desastrada como sempre, é claro) quebrei a que tinha aqui.

E feche a porta, apague a luz, e não esqueça de colocar seu CD favorito, que ainda não saiu do lugar que você deixou.

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